sábado, 19 de março de 2011

Desintitulado n° 21.

“If you should go skating
On the thin ice of modern life
Dragging behind you the silent reproach
Of a million tear stained eyes
Don't be surprised, when a crack in the ice
Appears under your feet
You slip out of your depth and out of your mind
With your fear flowing out behind you
As you claw the thin ice”

Pink Floyd, This thin ice.

1.
Uma estrutura de liberdade não garante uma liberdade de estrutura.

2.
Um mundo pensado na ausência de substantivos é desprovido de sentido. Quando somente aparecem verbos designando ações que não espelham quaisquer modelos, toda busca de significado é nula. O movimento predomina.

3.
A fronteira é limite. Limite construído ou simplesmente existente, constitui o ponto culminante que delimita os contornos de um lugar. Conceito utilizado mesmo na psicologia, pode se referir a indivíduos que se encontram nas bordas da loucura e por algum motivo simplesmente não caem nas suas garras. Conseqüentemente, o mensageiro sempre vem da fronteira. Mas quando as fronteiras se diluem, de onde virá?

4.
A areia no pátio parece uma árvore de Lynch: têm boca sem fundo. Tudo se torna jazz.

5.
- A sobrancelha é a vírgula do corpo - ela diz.
- Se a sobrancelha é a vírgula do corpo, todo olhar é uma explicação - respondo.
- Mudo de assunto, gosto de azul - continua.
"Isso explica tantos equívocos da distância", penso.

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