sábado, 26 de março de 2011

Desintitulado n° 22.

O ritmo é o contra-senso do caos. Ele ordena. O caos bagunça. Os sentidos são o pólo inverso do pensar. Eles sentem. O pensar fala. Mas impressões, sejam pegadas ou tatos, sejam salivas ou gostos amanhecidos, são razões do ritmo, do caos, dos sentidos, do pensar e do falar. Elas, combustível do criar, tatuam passos pelo gozo das encostas, tendo como bússola unicamente o prazer das estações. Aí toda estrutura desmorona: sentindo, não sentido. As verdadeiras geografias são gasosas. Delas só vemos o vapor no vidro.

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