quinta-feira, 2 de junho de 2011

Jam n° 4.

A cabeleira quieta da cidade sonolenta, telhas fossilizadas na noite fria de junho, cobre de sonhos loucos os olhos de quem deseja livrar seu corpo do espasmo que uma boca espera.

As mãos espumam marés na manta que a pele veste.

Deslizam pêlos ralos, sedentos por despedidas, plenos de outros pêlos de tardes desmemoriadas.

Logo tudo já passa à margem de qualquer hora: aqueles que antes eram amores em forma bruta, são distâncias imensas de terras que se cruzaram em solidões repartidas nos fios do asfalto e da lua.

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