terça-feira, 12 de outubro de 2010

Desintitulado nº 5.

Cidadão é quem traz na cabeça a Coroa do Voto. Na época de eleição, é quem é abraçado por políticos, ganha cestas básicas, contas de água e luz pagas e alguns favores ao deus-dará das vaidades. Cidadão é aquele que no seu município, não vota nos vereadores porque vê nas suas idéias algo que enfim possa mudar sua cidade. Cidadão é quem vota nos vereadores porque têm a expectativa de que esses vereadores possam, junto ao prefeito, conseguir alguns outros favores para ele. No Brasil, urna e cidadão são equivalentes. Esperar mais que isso seria pedir demais. O nome secreto da Constituição é Continuidade. Ou algo impublicável.

7 comentários:

  1. Como sempre tu és ferrenho! Adoro e admiro teus comentários, mas não posso concordar com tudo. Cidadão, apesar de hoje ser uma palavra esquecida, também faz mudanças, mesmo que as vezes guiados, como os Caras Pintadas no caso Collor. Cidadão, apesar de ser um conceito meio que esquecido ressurge quando menos se espera e traz a revolução consigo. Acredito sempre no milagre do novo, de cada ser humano que nasce. Especialmente quando se trata de política. Se ainda não temos um modelo Democrático perfeito talvez seja porque o próprio ser humano não seja perfeito. Com isso não defendo o modelo brasileiro atual democrático. Ao contrário, o critico e penso que não devíamos escolher representantes.

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  2. Há muitas verdades neste teu último desintitulado, meu caro amigo.
    É a democracia na era e na lógica do consumo. É tudo tendo um preço. É a relativa descrença em algo mais próximo do coletivo, do bem comum. É a política desacreditada como politicagem. É de arrepiar, quem sabe, até Maquiavel...
    Lutemos por uma inflexão, portanto.
    Forte abraço!

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  3. GianGuilherme@hotmail.com17 de outubro de 2010 às 12:08

    Sábio texto do Eduardo Frizzo e inteligente a colocação do comentarista Cristian Abreu.
    Em complementação, lembro que houve, há e inexoravelmente háverá o "efeito manada".
    Por isso, apesar de ser um tanto utópico, o ideal talvez seja a implementação de rigorosíssimo concurso público para escolher os administradores do Estado, em seus cargos políticos.

    Abraço pessoal!

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  4. Oie!Estou aqui somente para dizer o qto adoro tudo o que vc escreve,a forma como as palavras são escritas na verdade.Ainda não li estes teus textos,na verdade tô de saco cheio de política,dessa lavagem cerebral que a globo faz com essas pesquisas encomendadas.E apesar disso,admito que ainda assim vejo o horário político,mas ainda prefiro assistir neste mesmo horário "O Encantador de Cães" na National Geographic,mto bom!Bjos.SUcesso!

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  5. nteressantíssima ideia e colocação GianGuilherme! Concurso Público para escolher nossos representantes. Mas ainda estou uma passo atrás! No sentido de que falta uma discussão sobre política, algo que envolva realmente as pessoas, todos os cidadãos. Não como o modelo de hoje em que se delega. Algo em que as pessoas se sintam responsáveis! Deixo meu e-mail: cristian-quevedo@hotmail.com para boas conversas! Parabéns ao Eduardo pelo espaço e pelas discussões que nos proporciona!

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  6. Acho interessante, mas não concordo com a opinião do Gian. Daríamos espaço à formação de uma tecnocracia aos moldes do Robocop. Competência intelectual não anda sempre junta com competência política. Além do mais, quais questões eles iriam responder na prova? Quais seriam as matérias?

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