O NÃO É CÉU., até o momento, tratou-se de um
espaço no qual publiquei apenas meus textos.
Mas hoje decidi inovar. Passarei a postar, esporadicamente,
escritos de outras pessoas.
Surge então um novo quadro: “Coisas Outras”.
Inauguro o dito cujo com um poema (sem título) de
autoria do meu amigo Ranieri Angst Grassel – abaixo, seu paladar.
“Que as palavras sejam ouvidas na forma de prece,
que a navalha que percorre meus sentidos te traga
a paz que eu preciso,
mas não a paz que tenho,
não essa infinda guerra que amealha meus dedos
neste quente dia onde gélidos apenas se
apresentam
os indolores sabores que distraem meus olhos.
Que Deus seja pai e que de todo o lamento se faça a misericórdia.
Que o acaso acabe de uma vez e que se tenha
imaginação ao que se tem,
ao que se ama, ao que quer,
e que se esqueça da dor,
do dissabor e desse calor
que desespera meus pensamentos no dezembro
infinito.
Que a distância seja o espaço de tempo entre fechar os olhos
e te imaginar aqui perto,
e que o seu abraço seja mais do que o arrepio
fugaz que esmerilha meu corpo.
Que toda segunda traga uma terça,
e que se possa acordar de manhã,
andar pela casa, ver-se pais, mães, irmãos
e saber que desse ocaso o acaso desse caso não
toma parte.
Que o champanhe dos dias de festa seja o oxigênio dos dias naturais.
E que o sorriso achincalhe de vez a tristeza e corrobore meu pesar
neste contentamento incorreto de,
à sombra da árvore,
iludir e discernir essa nova forma de percepção.”
nomeie-o, ora...
ResponderExcluiragradeço a homenagem do amigo